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2012 - Livro Vermelho 2013

Dyckia cabrerae L.B.Sm. & Reitz EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 31-01-2012

Criterio: B2ab(iii,v)

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Dyckia cabrerae é endêmica do Brasil e ocorre na Mata Atlântica nos Estados do Paraná e de SantaCatarina, nos campos do planalto do Estado de Santa Catarina. A espécie apresenta extensa distribuição (EOO=85.381,49 km²), no entanto, ocupa uma AOO de apenas 36 km². Dyckia cabrerae é xerófita e heliófita, muito rara; e cresce nos campos rochosos ou em clareiras, formando por vezes pequenos agrupamentos muito descontínuos, situados em altitudes de 900 a 1.000 m. A espécie está sujeita ao declínio contínuo da qualidade do hábitat e do número de indivíduos maduros. As localidades de ocorrência foram agrupadas em duas situações de ameaça distintas, considerando a presença ou ausência em unidades de conservação (SNUC). Assim, a espécie foi avaliada como "Em perigo" (EN).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Dyckia tuberosa (Vell.) Beer;

Família: Bromeliaceae

Sinônimos:

  • > Dyckia cabrerae ;
  • > Dyckia crocea ;
  • > Dyckia pseudococcinea ;
  • > Dyckia deltoidea ;
  • > Dyckia linearifolia ;
  • > Dyckia lutziana ;
  • > Dyckia remotiflora var. angustior ;
  • > Dyckia coccinea ;
  • > Dyckia coccinea var. deltoidea ;
  • > Dyckia tuberosa var. deltoidea ;
  • > Tillandsia tuberosa ;
  • > Dyckia subinermis ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

A espécie ocorre na Mata Atlântica, nos Estados do Paraná e Santa Catarina (Forzza et al., 2011). Característica e exclusiva dos campos do planalto no Estado de Santa Catarina, onde apresenta larga, porém descontínua e inexpressiva dispersão (Reitz, 1983).

Ecologia

Espécie xerófita e heliófita, muito rara; ocorre em campos rochosos ou litólicos enxutos ou em clareiras, formando por vezes pequenos agrupamentos muito descontínuos, situados em altitudes de 900 a 1000 m (Reitz, 1983; Biodiversitas, 2005).No Estado de Santa Catarina foi observada em flor nos meses de novembro e dezembro e com frutos no mês de fevereiro (Reitz, 1983).

Ameaças

1.3.4 Non-woody vegetation collection
Severidade high
Detalhes Estima-se que somente no município de Guaratuba, região do litoral do Paraná, são coletadas anualmente mais de 30 mil bromélias, sendo que nas unidades de conservação (SNUC) do Estado a quantidade retirada pode atingir 150 mil plantas (com. pessoal) (Santos et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Em perigo" (EN) na Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 1

3 Research actions
Situação: needed
Observações: A Biodiversitas (2005) considera como medidas de conservação a proteção de habitat.

3.8 Conservation measures
Situação: needed
Observações: A Biodiversitas (2005) considera como medidas de conservação a conservação ex situ.

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Em perigo" (EN) na Lista vermelha da flora de Santa Catarina (Klein, 1990).

Usos

Referências

- SANTOS, A.J.; BITTENCOURT, A.M.; NOGUEIRA, A.S. Aspectos econômicos da cadeia produtiva das bromélias na região metropolitana de Curitiba e litoral paranaense. Floresta, v. 35, n. 3, 2005.

- REITZ, R. Bromeliáceas e a malária - Bromélia endêmica. 1983. 559 p.

- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; LEITMAN, P. ET AL. Bromeliaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.186, 2009.

- FORZZA, R. C.; COSTA, A. SIQUEIRA FILHO, J. A. ET AL. Dyckia in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB006046>. Acesso em: 01 de Fevereiro de 2011.

- KLEIN, R. M. Espécies raras ou ameaçadas de extinção do estado de Santa Catarina. IBGE, Diretoria de Geociências, 1990. 287 p.

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da Lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Dyckia cabrerae in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Dyckia cabrerae>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 31/01/2012 - 19:00:07